PSD/Açores alerta para centraliza​ção de serviços hospitalar​es em S. Miguel

A Comissão Política de Ilha do PSD na Terceira alertou hoje para a centralização de serviços hospitalares dos Açores, alegando que os utentes das ilhas sem hospital estão a ser genericamente encaminhados para S. Miguel.
“Assiste-se já ao encaminhamento dos doentes das diversas ilhas dos Açores com destino a um único hospital, e este é – e cada vez mais querem que passe a ser o centro de decisão e tratamento diferenciado para todo e qualquer doente das diversas ilhas – o tal hospital central”, afirmou, em conferência de imprensa, Péricles Ortins, presidente da Comissão Política de Ilha do PSD/Açores.
Segundo o dirigente social-democrata, todos os doentes que têm necessidades de tratamento especializado em qualquer ilha são referenciados para o Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, quando antes eram encaminhados para o hospital mais próximo com as especialidades necessárias.
“Isto pode-se comprovar. Basta perguntar para onde é que tem sido feita a maior parte das evacuações nos últimos meses”, frisou.
Os social-democratas da ilha Terceira criticam também a anunciada criação de um centro hospitalar para os Açores, previsto na proposta de reestruturação do Serviço Regional de Saúde, alegando que o hospital da Terceira vai ficar “sob total dependência dos serviços de uma estrutura centralizada em Ponta Delgada”.
“Será em S. Miguel que se decidirá se um doente da Terceira deve ou não ser evacuado ou receber um tratamento mais caro. Perderemos até a capacidade de decidir a quem comprar e de comprar no mercado local, o que terá um impacto dramático para a economia da ilha”, salientou, acrescentando que a Terceira vai perder “postos de trabalho” e capacidade de “fixação de jovens”.
Péricles Ortins salientou ainda que a Terceira tem uma “localização geográfica central, suportada em excelentes condições de evacuação aérea”, defendendo que deveriam ser utilizados para “dar suporte ao sistema regional de saúde”.
Por outro lado, criticou a falta de aproveitamento do novo edifício do Hospital da Ilha Terceira, recentemente inaugurado.
“Afinal, para que serviram os milhões de euros gastos no novo edifício que iremos pagar durante 30 anos? O que acontecerá quando a pista de Ponta Delgada estiver encerrada ao tráfego, como acontece frequentemente, e já não houver a especialidade médica necessária em Angra ou Horta?”, questionou.
A versão final proposta de reestruturação do Serviço Regional de Saúde do Governo Regional, que esteve em discussão pública, será conhecida no próximo domingo.

 

Lusa

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