Sérgio Ávila diz que Berta Cabral “está desorientada”

O vice-presidente do Governo Regional dos Açores, Sérgio Ávila, afirmou hoje que a líder do PSD/Açores “está desorientada”, considerando que Berta Cabral “não consegue encontrar justificações para não ser aplicada a remuneração compensatória” no arquipélago.

“A medida recolheu um apoio largamente maioritário na Assembleia Legislativa Regional e até a Associação de Municípios dos Açores pretende, justamente, alargá-la aos funcionários da administração local”, frisou Sérgio Ávila, em declarações à Lusa.

O vice-presidente do executivo açoriano reagia ao facto de a presidente do PSD/Açores ter considerado “injusta” a remuneração compensatória atribuída pelo governo regional aos funcionários da administração pública da região que ganham entre 1.500 e 2.000 euros mensais.

Berta Cabral, em declarações aos jornalistas na Horta, quarta-feira à noite, defendeu ainda que “o governo está arrependido” desta medida, considerando que o alargamento aos funcionários municipais, que vai ser proposto pelo PS no parlamento regional, é uma forma de “arranjar aliados”.

Para Sérgio Ávila, “a medida não é injusta porque assegura que os funcionários da administração regional que ganham entre 1.500 e 2.000 euros não serão abrangidos pela redução dos salários imposta pelo OE2011”.

O vice-presidente do executivo regional acrescentou que a líder regional social democrata “sabe muito bem que todos os que ganham 1.304 euros não verão os seus ordenados reduzidos e até serão aumentados em 4,4 por cento na remuneração complementar a que têm direito”.

Por outro lado, recordou que, “quando a medida foi anunciada, a líder do PSD/Açores criticou-a por não abranger os funcionários da administração local”.

“Está a criticar o que ela própria defendeu, o que não faz sentido”, frisou.

Relativamente ao facto de Berta Cabral ter afirmado que o executivo “já deve estar arrependido de ter tomado esta decisão”, Sérgio Ávila contrapôs que “está orgulhoso da coragem de a ter implantado, como muitas outras que minimizam os efeitos negativos do OE”.

Para Sérgio Ávila, “não é o governo que não sabe sair da medida que tomou porque mantém a decisão”, mas a líder do PSD/Açores que “está contra apenas porque não foi ela a propô-la”.

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