Autarcas de freguesia do PSD e do CDS-PP criticam Carlos César

Os Autarcas Social-Democratas (ASD) dos Açores consideraram que o presidente do Governo Regional, Carlos César, deveria “pedir desculpa” aos presidentes de junta de freguesia por ter dito que as suas remunerações podiam ser dispensáveis.

“Foi humilhante, indigna e injusta esta declaração do presidente do Governo”, afirmou José Fernando Gomes, representante dos ASD, numa conferência de imprensa em Angra do Heroísmo, na Terceira.

José Fernando Gomes referia-se a declarações proferidas na quarta-feira por Carlos César, para quem “em tese, não há freguesias a mais, pode é haver remunerações a mais nos gestores das freguesias”

O autarca social-democrata salientou que a gratificação mensal que recebem os presidentes de junta de freguesia ronda 250 euros por mês, frisando que, “por vezes, nem dá para cobrir as despesas”.

José Fernando Gomes sugeriu, por isso, que o presidente do executivo açoriano opte por “retirar os privilégios das muitas dezenas de gestores públicos que gravitam à volta do setor empresarial regional, auferindo ordenados chorudos, 20 vezes superiores à remuneração do presidente de Junta, acumulando ainda outras benesses, como viaturas e telemóveis gratuitos”.

“Carlos César também pode olhar para dentro de casa e acabar com os inúmeros adjuntos e assessores que parasitam à sua volta e que para pouco ou nada servem”, frisou.

No mesmo sentido, os autarcas do CDS-PP também criticaram as declarações do presidente do Governo dos Açores, considerando que Carlos César “desrespeitou todos aqueles que, independentemente da sua cor partidária, exercem cargos de maior proximidade aos cidadãos”.

“O presidente do Governo Regional recebe, por mês, em despesas de representação quatro vez mais do que o custo total anual de funcionamento de uma Assembleia de Freguesia”, refere um comunicado dos autarcas eleitos pelo CDS-PP nos Açores.

Neste documento, salientam ainda que os autarcas que ocupam cargos executivos nas freguesias “têm custos que não são ressarcidas através de despesas de representação, deslocam-se em viatura própria ao serviço das autarquias, porque não têm viatura oficial nem motorista, e tratam pessoalmente dos problemas das suas populações, porque não têm assessores”.

“Ao presidente do Governo Regional só faltou sugerir que todos os cidadãos que queiram participar na gestão das suas autarquias de freguesia passem a pagar, em vez de receber”, acrescentam.

Os autarcas eleitos pelo CDS-PP nas freguesias dos Açores admitem, no entanto, prescindir das gratificações e das senhas de presença, mas afirmam que apenas o farão quando Carlos César “cortar para metade o número de assessores que tem e prescindir dos milhares de euros que recebe por mês em despesas de representação”.

 

Lusa

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