Observatório promove ‘safari’ para explorar vida nas nascentes termais

Um ‘safari microbiano’ para explorar as nascentes termais é uma das atividades promovidas pelo Observatório Microbiano dos Açores (OMIC), um centro de divulgação científica e tecnológica que hoje reabriu nas Furnas, em S. Miguel.

Este ‘safari’, que decorre nos campos de fumarolas das Furnas, possibilita um contacto com as comunidades microbianas termais, seres que vivem em condições extremas de temperatura, permitindo a identificação de marcas no terreno associadas a algumas dessas comunidades.

A expedição pelas nascentes termais, onde é possível observar a olho nu uma grande diversidade de comunidades microbianas com diversas tonalidades de cor e texturas, pode culminar com um lanche termal composto por ovos, chouriça e milho das Furnas que os visitantes podem deixar a cozer na caldeira enquanto exploram aquela zona.

O OMIC visa a promoção do conhecimento sobre a biodiversidade e a ecologia microbiana, destacando a sua importância para o equilíbrio e a evolução dos ecossistemas através da divulgação dos seres vivos microbianos existentes nas nascentes termais dos Açores.

Este centro de ciência, que funciona na antiga Casa de Banhos Termal, nas imediações das Caldeiras das Furnas, inclui uma zona de exposição permanente sobre a biodiversidade microbiana dos Açores, uma área de laboratório onde é possível observar amostras de microrganismos vivos, um ciberespaço para pesquisas de informação e uma Cafetaria Termal, onde os visitantes podem fazer um chá com água das caldeiras.

A abertura, em finais de julho de 2010, deste laboratório natural que explora a vida orgânica nas caldeiras, fumarolas e fontes hidrotermais, além de promover a divulgação científica, contribuiu também para despertar o interesse de investigadores internacionais para o elevado potencial das comunidades microbianas das Furnas.

Nesse sentido, uma parte essencial da intervenção do OMIC passa pela monitorização a longo prazo das comunidades termais, permitindo que passem a estar disponíveis registos das análises de composição gasosa e química feitas às águas de algumas das nascentes termais.

O OMIC deverá em breve pedir a integração numa rede internacional de observatórios microbianos que inclui o de McMurdo Dry Valleys (Antártida), o de Guanacaste Tropical Forest (Costa Rica) e o do Yellowstone National Park (EUA).

Nos últimos meses, o OMIC esteve encerrado para a realização de obras que permitiram criar melhores condições para os visitantes e melhorar a acessibilidade para pessoas com deficiência.

O Observatório Microbiano dos Açores é um dos seis centros de ciência existentes no arquipélago, sendo os restantes o Observatório Astronómico de Santana (OASA), o Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (OVGA), o Expolab, o Observatório do Ambiente e o Observatório do Mar.

 

Lusa

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