“O partido demonstrou fraca adesão às minhas ideias e também não tive capacidade de motivar” os militantes, afirmou Manuel Costa, em declarações à Lusa.
O PDA, única organização partidária com sede nos Açores, realiza sábado e domingo um congresso extraordinário em Ponta Delgada na sequência da renúncia de Manuel Costa ao cargo de presidente.
Manuel Costa faz um balanço “negativo” da sua liderança, alegando que os militantes demonstraram “fraca adesão aos seus projetos”.
“Nas eleições para a Assembleia da República foi notório o pouco envolvimento. Na campanha apenas apareci eu”, frisou.
Apesar de admitir que cometeu “falhas” ao nível da motivação dos militantes, que podem ter sido agravadas pelos problemas de saúde que enfrentou, o presidente do PDA lamentou que, apesar da persistência para “reavivar o partido, eram poucos os que apareciam nas reuniões”.
“Tenho a sensação que os militantes apenas se limitavam a votar nos atos eleitorais”, afirmou Manuel Costa, que também salientou as difíceis condições financeiras do partido, agravadas pelas “constantes coimas aplicadas”.
Para Manuel Costa, “não faz sentido que um partido que não tem subvenções leve coimas porque uma rubrica ou documento está mal classificado pelo Tribunal Constitucional”.
“Não é possível apurar saldos, mas sei que devemos pouco aos fornecedores”, frisou, recordando que nunca chegou a tomar posse como presidente do PDA porque “uma das condições era tomar posse apenas com o esclarecimento de contas”.
Manuel Costa, que dirigiu o partido durante o último ano e meio, afirmou “não ser apologista da independência, mas de um estado federado”.
O PDA conta atualmente com mais de 500 militantes inscritos.
Lusa
