PSD/Açores lança grupo de trabalho para “Pensar a Autonomia do Futuro”

O PSD/Açores lançou hoje um grupo de trabalho “intergeracional e interdisciplinar” para uma reflexão para “ajudar a construir a autonomia de futuro”.
O grupo de trabalho tem em vista “a organização do sistema político da melhor forma para responder aos anseios das populações”.
“A verdade é que a autonomia e o regime autonómico quando forem apenas um projeto dos políticos e estiver apenas na dialética política estará se calhar a caminho da sua morte. A autonomia tem que ser vivida e vivenciada por todos os açorianos todos os dias”, afirmou o presidente do PSD/Açores, Duarte Freitas, numa conferência de imprensa.
O líder do PSD/Açores falava na apresentação do grupo de trabalho “Pensar a Autonomia do Futuro”, que vai reunir-se em todas as ilhas ao longo do próximo ano e meio.
Duarte Freitas justificou que é preciso ter “uma autonomia que faça sentido” para os açorianos confrontados com “enormes dificuldades”, acrescentando que “a autonomia foi a resposta em boa hora encontrada para aquilo que eram os anseios e as necessidades do povo açoriano há 40 anos”.
O líder do PSD/Açores explicou que estão apenas a ser “acertados aspetos logísticos” para a primeira reunião do grupo que “será aberto à opinião de muitas pessoas, de outros partidos, de várias áreas politicas e sociais, de todas as ilhas” com o propósito de ter “uma democracia mais participada” e também “um sistema mais credível e com maior proximidade dos cidadãos e transparência perante a sociedade”.
No final, e segundo Duarte Freitas, sairá “um documento base” que depois sirva também na moção que irá apresentar ao próximo congresso do PSD/Açores, dentro de dois anos.
Duarte Freitas lembrou que ainda recentemente o PSD/Açores propôs no parlamento regional “a criação de uma comissão eventual para estudar a fórmula para diminuir o número de deputados”, mas sublinhou que “a reflexão sobre a autonomia de futuro não se resume à mera diminuição do número de parlamentares”, mas também pensar “a reforma do sistema politico nos Açores”.
Questionado sobre o facto de o Presidente da República ter convocado o Conselho de Estado para o Dia dos Açores, na passada segunda-feira, o líder do PSD/Açores considerou que “poderia ter havido datas mais felizes, mas aquilo que é verdadeiramente importante para a Autonomia dos Açores ultrapassa claramente aquilo que é a marcação de um Conselho de Estado”.
O professor universitário Carlos Amaral, que vai coordenar o grupo, frisou que se trata de um trabalho que se dirige também à sociedade açoriana, apontando a necessidade de “repensar, de forma urgente, a tradução concreta que imprimimos à Autonomia a risco dela se transformar em algo até mesmo cuja utilidade se questiona por se encontrar desfasada da realidade concreta e dos interesses e necessidades dos Açores e dos açorianos”.
“Sendo a Autonomia um instrumento de serviço dos Açores e dos açorianos é urgente, é imperativo repensá-la de modo a poder cumprir a sua missão nestas novas circunstâncias em que nos encontramos”, acrescentou Carlos Amaral.

 

Lusa

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